Curiosidade: Rosa-dos-ventos

As origens da simbologia da Rosa-dos-ventos

 

 

 

 

Endereço original em : http://www.gisnet.com/notebook/comprose.html.
autor: Bill Thoen

A rosa-dos-ventos apareceu nas cartas e mapas a partir do século XIV, quando fez a sua primeira aparição nas cartas portulanos. O termo “rosa” vem da aparência dos pontos cardeais da bússola que lembram as pétalas desta flor. Originalmente esta invenção era usada para indicar as direções dos ventos (o que era conhecido como rosa-dos-ventos) mas os 32 pontos da bússola se originaram das direções dos oito ventos principais, dos oito ventos secundários e dos dezesseis ventos complementares.

Na Idade Média, os ventos tinham nomes geralmente iguais aos dos países mediterrâneos por onde eles passavam como tramontana (N), greco (NE), levante (E), siroco (SE), ostro (S), libeccio (SW), ponente (W) e maestro (NW). Nas cartas portulanos pode-se ver as iniciais destes ventos na ponta das “pétalas” como T, G, L, S, O, L, P, e M.

Os 32 pontos são simples divisões das direções dos quatro ventos (mas os chineses dividiram a bússola em 12 direções principais baseadas nos signos do Zodíaco). Uma das primeiras coisas que os aprendizes de marinheiro ocidentais tinham de fazer era dizer todos os nomes dos pontos cardeais (nome dos pontos). Nomeá-los perfeitamente (“de cor e salteado”) era uma exercício conhecido na língua inglesa pela expressão “boxing the compass”. Não há um padrão único para a construção de uma rosa-dos-ventos, e cada escola de cartógrafos parece ter desenvolvido o seu próprio. Nas primeiras cartas o norte era marcado por uma ponta de seta acima da letra T (de tramontana). O símbolo evoluiu para uma flor-de-lis na época de Colombo e foi vista primeiramente nos mapas portugueses.

Também no século XIV, o L (de levante) na parte leste da rosa foi substituído por uma cruz, indicando a direção do Paraíso (que se pensava estar localizado no Oriente), ou também onde Cristo havia nascido (no Levante).
As cores da figura são supostamente o resultado da necessidade de uma clareza gráfica, mais do que um capricho cartográfico. O desenho deveria estar bem visível até de noite, num navio balançando à luz bruxuleante de uma lanterna. Daí então os oitos pontos cardeais serem comumente mostrados na bússola na cor preta o que os ressaltam bem.

Em contraste com o fundo, os pontos representados dos ventos secundários são bastante coloridos em azul ou verde, enquanto os demais ventos menores são menores e geralmente pintados de vermelho.

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Referências:
Cartographical Innovations: an International Handbook of Mapping Terms to 1900 ed. by Helen M. Wallis and Arthur H. Robinson. – Tring, Herts: Map Collector Publications in association with International Cartographic Association, 1987. – ISBN 0-906430-04-6.
Mapping by David Greenhood. – The University of Chicago Press, 1964. ISBN 0-226-30696-8.

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