Bicho Não é Lixo – ZOOLÓGICOS: Estratégia de conservação?

ZOOLÓGICOS: Estratégia de conservação?

Os jardins zoológicos, atualmente, apresentam uma mega fauna carismática, muitas vezes com a presença de espécies exóticas, tendo a finalidade de conservar espécies ameaçadas e tornar o contato “homem x natureza” mais acessível. Contudo, a proposta dos jardins zoológicos pode ser subvertida pelo fato de que exista a possiblidade de uma contradição entre os seus objetivos principais e a visão de que a fauna esteja naquela condição apenas por ser submissa à vontade dos seres humanos, chegando-se a triste conclusão de que lugar de animais é na jaula, simplesmente atendendo ao seu objetivo recreativo. Portanto, para prevenir de que esse tipo de pensamento coletivo não exista, é necessário que haja a ideia clara da finalidade dos zoológicos, e torne-a pública através de projetos de educação ambiental dentro dos próprios parques. Tendo em vista que, o objetivo principal desta instituição é estabelecer população de cativeiro de espécies raras e ameaçadas, tais como o mico-leão-dourado e orangotango, tanto como estabelecer estratégia de reinserção desses animais na vida silvestre.

O sucesso nestes objetivos vem aumentando gradativamente, graças a vários programas e organizações, tais como a UICN (União de Conservação Mundial), que traçam diretrizes e normas de gestão de jardins zoológicos. Técnicas variadas são desenvolvidas e aplicadas para a reprodução de espécies em cativeiros. Todas elas adequadas às espécies em questão, e suas condições no ambiente natural. Tanto como gerar a reflexão sobre os reais motivos de se promover a reprodução da espécie, se essa reprodução será eficaz para sua reinserção na natureza ou apenas para benefício do próprio zoológico.

Todas essas questões são cuidadosamente analisadas e avaliadas pelos profissionais responsáveis técnicos das instituições. Contudo, sabemos que ainda temos vários zoológicos no Brasil em estado de precariedade, se tornando apenas depósito de animais sem a menor preocupação com o manejo correto das espécies. Cabe a nós, buscarmos os órgãos administrativos e reivindicarmos melhorias e ajustes aos padrões internacionais de jardins zoológicos.

Vivemos em um país riquíssimo em seu ambiente natural e temos intrinsicamente a obrigação de garantirmos a sobrevivência das espécies. Devemos traçar um padrão de zoológicos onde o objetivo de conservação da fauna seja a garantia de perpetuação das espécies e que este objetivo sobreponha qualquer outro.

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